Concluir
mais esta etapa de estágio é dar novos passos em direção ao nosso
amadurecimento. E fez-me refletir sobre tudo o que aprendemos até o presente
momento, e perceber o quanto ainda tenho que aprender, seja em conhecimentos
específicos, seja em técnicas de ensino ou o uso de diferentes estratégias e
adequação aos constantes obstáculos que surgem em uma sala de aula. Pois
durante minha regência notei que se não estivermos realmente preparados para se
entregar a docência “nosso mundo poderá desmoronar-se sob nossos pés”, teremos
duvidas e insegurança. Em minha opinião eu não consegui desenvolver o que eu
almejava, mesmo sendo uma aula parcialmente produtiva, creio que poderia ter
sido muito melhor. Ainda não decidi se irei seguir na docência, mas creio que
as lições tiradas deste ultimo estagio servirão de guia para essa decisão.
Estágio Supervisionado - Letras
"Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naquele cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia de nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais..." (ALVES, Rubem. A alegria de ensinar)
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Alcenir Rodrigues de Lima - Polo de Bataguassu
O
estágio em forma de minicurso é algo diferente,
tanto para nós acadêmicos quanto para os cursistas, para nós não é apenas mais
uma aula do dia a dia em uma escola é um trabalho feito com muita
responsabilidade que até o final da aula temos que atingir nossos objetivos
passando todo conteudo pretendido e ainda deve ser um bom trabalho por conta do
número de alunos ser limitado onde facilita nosso desempenho na sala de aula.
Procuramos em nosso plano de aula sempre proporcionar aos
alunos uma aula agradável, lúdica, o mais prazerosa possível. Nos empenhamos
muito para levar aos alunos algo diferente daquilo que eles estão acostumados a
ver no cotidiano escolar. O interessante é que os alunos chegaram na sala sem
saber realmente o que eles iam fazer, eles ficam curiosos no primeiro momento
da aula, com um pouco de receio. Mas no decorrer da aula tudo muda eles começam
a gostar da aula, participam e até abusam um pouco. Isso faz parte do trabalho
é importante para chegarmos ao resultado esperado, vimos que eles gostaram da
aula até por conta do tema escolhido (História em quadrinhos e tirinhas) é um
conteúdo muito gostoso de trabalhar e divertido.
Além de contar com a colaboração dos alunos por estarem no
sábado fazendo este minicurso, recebemos também um grande apoio das nossas
tutoras de funcionários da escola, de coordenador da escola, e da direção da
escola, isso valorizou muito nosso trabalho e vimos que estamos todos buscando
uma educação de qualidade e procurando levar sempre o melhor para nossos
alunos.
Agradecemos a todos que colaboraram para o sucesso do nosso
minicurso.
Junho/2012
Antonio Vidal - Polo de Bataguassu
A regência para mim foi uma inovação, pelo fato de realizarmos
num dia de sábado, onde não havia a correria e agitação de um dia normal de
ensino regular, no meu caso, eu estava no grupo que atuou na Escola Estadual de
1º e 2º Grau Peri Martins Bataguassu- MS, sendo que para ser possível a
realização do evento foi necessário convidarmos os alunos da referida escola, a
participarem do mini curso de Língua Portuguesa, ministrado por nós acadêmicos,
no sábado, o que já seria o primeiro desafio.
Por outro lado, com a adesão dos alunos em participarem, ficou
melhor porque as escolas estavam com todas as salas disponíveis para o nosso
uso e assim em termos de acomodação já não teríamos problemas, porque na
regência do ano passado, pelo fato de ser em um dia de semana, as salas estavam
ocupadas e tivemos que improvisar salas para desenvolvermos as atividades,
portanto este ano já eliminamos esse tipo de problemas. Às 08:00 horas nos
reunimos com a tutora presencial para uma preleção antes de entrarmos à sala de
aula, fiquei muito feliz ao ver a garotada chegando à escola, percebíamos que
estavam todos entusiasmados com a novidade, o que me fez sentir, ainda mais, a
dimensão da responsabilidade e necessidade de demonstrarmos a nossa eficiência.
O fato é que fomos para a sala de aula com todo material
preparado e os aparatos, como recursos eletrônicos prontos para ser utilizados,
no meu caso lecionei em conjunto com a acadêmica Camila da Costa e nossa aula
foi sobre Crônicas, iniciamos fazendo uma apresentação aos alunos, sobre
Crônica e em seguida fizemos a apresentação de alguns cronistas mais
conhecidos, como Luis Fernando Veríssimo, Fernando Sabino e outros, também
fizemos leituras das Crônicas, sendo que determinadas palavras ou frases
geravam um leque de comentários de modo que os alunos participavam fazendo
perguntas, respondendo perguntas e dando exemplos.
Portanto, são procedimentos como esse que nos leva à uma
interação com as atividades de educação, com os alunos e professores, a cada
regência que eu participo, me sinto mais seguro e preparado para entrar numa
sala de aula e por em prática o que estou aprendendo na teoria, fiquei muito
satisfeito com a maneira que nos foi proporcionada à aplicabilidade das nossas
dez aulas de regência, hoje me sinto mais realizado e com vontade de assumir
uma sala de aula como professor.
Aparecida Xavier de Sales - Polo de Bataguassu
NOSSO ESTÁGIO FOI MELHOR QUE A ENCOMENDA. GOSTEI DOS
ALUNOS E TRATAMOS DE COMENTAROS REFLEXISIVOS QUE ELES ADORAM MUITO AQUILO,
GOSTARAM MUITO DE LER FOI TUDO MUITO MESMO VOU REPETIR ESSA PALAVRA VARIAS
VEZES PORQUE REALMENTE GOSTEI SÓ DO FATO DE ESTAR DENTRO DE UMA SALA DE AULA
COMANDANDO AQUELA TURMINHA FOI MUITO PRAZEROSO. ESPERO QUE EU CONSIGA ESFORÇAR
O QUANTO MAIS PARA UM DIA FAZER DOS MEUS ALUNOS UM GRANDE HOMEM OU UMA GRANDE
MULHER. TEM HORA ATE QUE ELES SABEM MELHOR AS PROFESSORAS ISSO É MUITO BOM
PORQUE ENSINAR É INTERAGIR COM O OUTRO. OS ALUNOS CONFIARAM PLENAMENTE COM
NOSSOS TRABALHOS, AFINAL NOSSO TRABALHO É UM COMEÇO DE GRANDE JORNADA ENTÃO,
ADOREI DE CORAÇÃO TODOS OS ALUNINHOS ESPERO UM DIA ESTAR COM ELES NOVAMENTE.
Carolina Maria Noronha - Polo de Bataguassu
A aula do estagio
obrigatório de Língua Portuguesa I, foi ministrado na escola Manoel da Costa
Lima, Bataguassu-MS, no dia 16 de Junho, nos períodos matutino e vespertino ,
os alunos ali presentes, tinham um conceito sobre aula de língua portuguesa diferente
ao que foi realizado, motivo pela qual, ficaram
espantados por estarem aprendendo língua portuguesa sem perceber, com
atividades de leitura e interpretação descontraídas, sem aquela aula maçante, cheia de regras,
aqueles textos descontextualizados e desinteressantes, ate mesmo no momento que
estavam aprendendo “regras” pareceu-lhes muito simples que gerou comentários
como “ mas é só isso? Isso é simples assim?”
Acredito que por causa de fatos como
esses vivenciados por mim e pelo Oseas que muito se tem discutido sobre os
problemas das aulas de língua portuguesa, em específico sobre o porquê dos
programas de ensino não funcionarem. Isto talvez ocorra porque apesar de
existirem teses renovadoras a prática ainda seja antiga, ou seja, as mesmas
aulas conservadoras com atividades de gramática normativa.
Edival Barbosa Sena - Polo de Bataguassu
Eu subdividi o estagio em três
grandes etapas: 1- Observação da aula 2-Planejamento do conteúdo 3- execução da
aula.
A etapa de observação contribuiu
para conhecer nuances dos tramites de uma aula, desde a explicação do conteúdo
até a aplicação das atividades.
Contudo nessa fase o que mais destoou
no mini curso em relação a sala de aula, foi o interesse dos alunos, no mini
curso todos estavam muito envolvidos com o conteúdo, eu acredito que seja pelo
fato de que no mini curso só estavam alunos que realmente queriam estar na
sala.
O planejamento da aula foi o mais
difícil, pois eu e meu companheiro precisávamos elaborar atividades para alunos
com quem ainda não tínhamos tido contato, em tese sabíamos apenas qual seria
suas séries, mais mesmo isso não ocorreu na prática, pois tivemos alunos de
outras séries para o qual a atividade não seria adequada.
Uma coisa importante sobre o
planejamento da atividade que tanto eu como meu amigo de curso percebemos, foi
que se pudéssemos realizar o planejamento depois de conhecer as limitações dos
alunos, poderiam ter feito um trabalho muito melhor, outro aspecto ainda nessa
linha que nós também percebemos é que enquanto dávamos as aulas e procurávamos
sanar as dúvidas da turma, encontrávamos novas respostas, surgiam novas dúvidas
é ficamos com muita vontade refazer tudo, porque sentíamos que tínhamos naquele
momento aprendido novas formas de fazê-lo.
A aula em si foi bem legal, os
alunos participavam com entusiasmo, eu e meu amigo Adriano conseguimos dosar
bem o fato de eu falar de mais, e ele de menos.
Na aula da manha ocorreu um fato
que merece ser mencionado, eu me estendi demais na explicação da primeira
atividade, meu companheiro Adriano me chamou e alertou-me sobre o problema, pois já tínhamos
começado o curso com atraso de meia hora. Em decorrência disso precisamos acelerar
o conteúdo no período da manha, acredito que por esse motivo, a aula
foi menos produtiva que a da tarde.
No período da tarde já mais consciente
do tempo desenvolvemos o curso melhor, e a aula foi mais fluida.
Esse tipo de experiência docente
sempre desperta em mim o desejo de estar em sala de aula e, acredito que por
isso vou me sentir mais confiante no futuro de iniciar uma carreira como
professor.
A escola
A escA escola está localizada em
um lugar de “destaque” na cidade, no alto de um morro, onde por muitos anos
serviu de “camarote” para pessoas (inclusive eu), observarmos a cidade, pois a
visão é ampla e agradável. Ficávamos ali e até mesmo descíamos as escadas até o
portão que ficava aberto, mas tínhamos um compromisso com escola e com nossas
famílias, e aquele portão mesmo aberto, parece que nos cercava, tanto que o
nosso limite era até ali. Hoje a paisagem e o contexto se modificaram, com o
aumento da demanda de alunos os espaços foram preenchidos com salas de aulas,
os alunos não têm acesso ao morro, porque uma grade de ferro os mantêm em um
pequeno pátio cercado por construções; é a real situação do desenvolvimento e
dos perigos que rondam nossas escolas.
A escola é a maior da cidade e
atende mais de mil alunos, é bem equipada com sala de tecnologia, biblioteca e
espaços adequados para atender toda esta demanda como uma cozinha ampla,
banheiros em quantidade suficiente para o número de alunos e quadra coberta.
Os alunos
O grupo de alunos é muito
animado, a turma do primeiro ano é difícil de trabalhar, eles não mostram
interesse nas atividades estão sempre conversando assuntos que não diz respeito
as aulas, estão em uma fase de agito e inquietação; mas mesmo assim em nem um
momento se dirigiram com desrespeito com os estagiários e nem com os colegas.
Mas o interessante é que mesmo sendo assim, percebe-se que ainda possuem
princípios, pois quando são chamados a atenção eles vêm e pedem desculpas pelo
fato ocorrido, coisa que já não vemos com frequências nesta fase da juventude.
O grupo do segundo ano já é mais
disciplinado e concentrado no curso, desenvolvem as atividades com mais empenho
e dedicação, talvez por serem mais amadurecidos e terem um foco maior naquilo
que querem.
Elaboração dos planos
A elaboração dos planos ainda
apresenta um certo grau de dificuldade talvez pela falta de materiais, mas
especialmente pela falta de tempo de encontrar com a colega com quem dividimos
a execução do estágio, devido à distância, e comunicação acaba sendo mais por
meios de comunicação.
O que favoreceu bastante foram as
aulas de Didática de Espanhol na qual já tínhamos elaborado planos com
atividades semelhantes as do estágio, e especialmente a dedicação da professora
orientadora Daniele, que de maneira educada nos cobra na medida certa um bom
desempenho nas atividades.
A execução dos planos
Quanto a execução dos planos
encontrei dificuldades sim, pois apesar de fazer um estudo de todo o material
preparado, no decorrer do curso temos a preocupação que podem surgir perguntas
que no momento não temos facilidade para resolver. Como alguns alunos não têm
interesse nas atividades acabam atrapalhando o trabalho daqueles que querem
participar.
A atuação
Atuar como professor de língua
estrangeira, ainda me assusta pela falta de domínio do conteúdo e ser uma área
nova para mim, e também porque existe uma preocupação em trabalhar com estes
adolescentes que muitas vezes apresentam rebeldia em sala de aula.
Mas posso dizer que foi
muito bom atuar como professora de língua estrangeira, mesmo com todas as
dificuldades que aparem a sala de aula me traz uma emoção singular, poder
partilhar algo com os alunos é muito gratificante, pois você nunca fica somente
no repasse de conteúdo, acabamos partilhando um pouco da vida um do outro.
Poder descobrir que muitos não são rostos novos e sim os filhos de pessoas com
as quais você já estudou ou conviveu em algum lugar de uma cidade pequena como
a nossa.
Por fim vejo que é uma
pena, ver como a profissão do docente vem sendo tão desvalorizada, tanto no
financeiro como no prestígio, e mesmo assim se fala em educação de qualidade e
melhorias no ensino público no Brasil. Para ser professor hoje é preciso ter
coragem e fazer um bom trabalho independente de sua valorização, pois o aluno
não é culpado destes problemas que vem atingindo cada vez mais esta classe tão
importante para o desenvolvimento do nosso país. Vejo que: Ou se faz um bom
trabalho que honre o seu nome e o desenvolvimento do aluno, ou faz como muitos
outros que desistem da profissão, o que vem defasando cada vez mais o ensino no
Brasil.
Assinar:
Comentários (Atom)
